Caminhos da Liberdade

Por visitebeaga em

Projetada e construída junto com a cidade de Belo Horizonte, suas histórias se confundem e se complementam. A praça é mais que um ponto de lazer e entretenimento dos belo-horizontinos. É um local onde os moradores praticam atividades físicas, contam seus “causos”, fazem piqueniques aos domingos e é ponto de encontro entre amigos. Seu projeto anteriormente inspirado em bosques ingleses, foi dando espaço ao longo do tempo a jardins inspirados nos do Palácio de Versalhes na França. Uma alameda principal com 46 palmeiras imperiais ditam o glamour dessa imponente praça. Jardins laterais com gramados, fontes, árvores e flores das mais diversas espécies e cores fazem da praça: um local de aconchego e hospitalidade.
Antes ícone de exaltação à liberdade e aos valores político-culturais da nova República recém-criada na
época de sua inauguração, esse espaço foi dando lugar ao longo do tempo a um grande Circuito Cultural. Foi projetada por Aarão Reis para ser o Centro Administrativo do Estado, inclusive se impondo no ponto mais alto da nova capital: o Morro da Boa Vista. Nas décadas de 1950 e 1960, prédios modernos foram incorporados ao espaço.
Na década de 1980, ganha um edifício pós-modernista. Já nos anos 2000, chega à praça um edifício contemporâneo, fazendo da praça um local de constante modernização e movimento. Essas transformações deram contemporaneidade à praça e seu conjunto paisagístico foi tombado
em 2 de junho de 1977 pelo IEPHA.

Um pouco da história

No final do século XIX, quando o engenheiro e urbanista Aarão Reis planejava a nova capital de Minas
Gerais, ele projetou a Praça da Liberdade com o objetivo de abrigar o centro administrativo. Fazia parte do projeto incluir em uma única área a construção das secretarias de Estado e do Palácio da Liberdade, sede do governo. Sua inauguração aconteceu em 1898 e foi palco de importantes acontecimentos políticos que marcaram a história de Minas Gerais e do Brasil.
Em 2010, com a transferência oficial do centro administrativo para a Cidade Administrativa na região norte de Belo Horizonte, o Governo do Estado reaproveita o espaço, criando o espaço Circuito Cultural Praça da Liberdade, hoje Circuito Liberdade. A intenção era reunir espaços culturais diversos, criados a partir de parcerias com instituições públicas e privadas, que passariam a ocupar os edifícios das antigas secretarias de governo. Dessa forma, a praça reforçava a vocação cultural incipiente da região, que já abrigava o Arquivo Público Mineiro, a Biblioteca Pública e o Museu Mineiro.
O Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) passou a ser o responsável pela gestão do Circuito em 2015, cuja articulação diversos grupos artísticos e populares foi primordial para a formatação e desenvolvimento desse espaço urbano.
Para o governo estadual representou um braço forte da política pública de cultura.

O projeto recebeu a denominação Circuito Liberdade quando houve a ampliação do seu perímetro de
atuação. Anexou-se ao espaço da Praça da Liberdade os eixos da Avenida João Pinheiro e da Rua da Bahia, incorporando novos equipamentos numa agenda integrada aos espaços já existentes.
Assim sendo, o Circuito Liberdade é formado por 15 instituições. São museus, centros de cultura e de formação, abrangendo diferentes ângulos do universo cultural e artístico. Deste total, o governo estadual é responsável pela gestão de oito. O funcionamento dos equipamentos restantes são feitos através de parcerias com instituições público-privadas ou públicas federais.

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